06/10/21

Imagem: Reprodução/Nicewalp

Às 12h (horário de Brasília) do dia 24 de junho, a Microsoft apresentará, em evento, o "vem por aí" para seu sistema operacional. Rumores indicam que, em vez de apenas uma atualização para o Windows 10, a empresa lançará o Windows 11, pois a animação que divulgou exibe duas colunas verticais projetadas em uma superfície semelhantes ao número.

Yusuf Mehdi, executivo da companhia, postou em seu perfil no Twitter que "nunca esteve tão empolgado com uma nova versão do Windows desde o Windows 95", dando força à teoria. Além disso, Satya Nadella, CEO da big tech, prometeu que será "um dos updates mais significativos da última década", assim como Panos Panay, chefe-executivo, falou sobre a "próxima geração" do SO.

De todo modo, sabe-se que as novidades virão de um projeto, por enquanto, chamado de Sun Valley, ao qual a Microsoft se refere como um "rejuvenescimento visual arrebatador" de sua solução para PCs — e espera-se mudanças radicais a caminho, muitas delas originadas do Windows 10X, descontinuiado pela gigante.

Para quem usa e para profissionais
Um novo menu inicial, ícones de sistema inéditos, cantos arredondados nos elementos e integração de aplicativos são algumas das expectativas, que vão além de simples alterações de interface. Também são esperadas correções de problemas persistentes relacionados à exibição de programas em vários monitores, o recurso de HDR do Xbox Auto e melhorias no suporte de áudio Bluetooth.

Aliás, considerando que Satya Nadella garantiu o desbloqueio de "maiores oportunidades econômicas para desenvolvedores e criadores", outro produto que pode receber atenção é a loja da Microsoft.

A expectativa é de que ela permitirá a submissão de qualquer ferramenta, incluindo navegadores e plataformas de comércio de terceiros, eliminando, assim, a obrigatoriedade da cobrança de uma fatia dos ganhos (por exemplo, os 12% já anunciados para quem desejar apostar nela, no caso de jogos).

Mudanças podem ir muito além do visual.

Se todas essas previsões se concretizarem, é possível que o Windows 10 não seja sua "última versão", conforme apontado pela própria companhia, e que a empresa renove seu interesse na plataforma, tendo em vista o crescimento de uso apresentado durante a pandemia.

Isso, por fim, impulsionaria a venda de hardwares, uma vantagem e tanto para outras fabricantes.

Fontes: The Verge

EllaLink é o primeiro cabo de fibra ótica de alta capacidade a ligar América Latina e Europa. Equipamento será usado para fins comerciais e de pesquisa.

Implantação do cabo submarino de fibra ótica em Sines, Portugal — Foto: Divulgação/EllaLink

O cabo submarino de fibra ótica entre Brasil e Portugal inaugurado na última terça-feira (1º) deve oferecer internet rápida e estável para usuários. O EllaLink, como é conhecido, é o primeiro de alta capacidade a ligar os dois países.

Os usuários vão se beneficiar da estrutura após operadoras de internet, bem como serviços de streaming, de nuvem e financeiros, como bancos e bolsas de valores, adquirirem parte da capacidade de tráfego. O cabo também será utilizado por instituições de pesquisa e redes corporativas.

Em resumo, o novo cabo traz duas melhorias:
Alta velocidade e baixa latência, que é o tempo que uma informação leva para sair de um ponto ao outro. Isso é útil para serviços que têm um tráfego intenso de dados e exigem um tempo de resposta curto, como jogos online e transmissões ao vivo.

Segurança: a conexão direta entre Brasil e Portugal diminui riscos, já que os dados não precisam passar por equipamentos de outros países, como os Estados Unidos.

Extensão
Com cerca de 6 mil quilômetros, o EllaLink sai de Fortaleza, para onde também são enviadas informações de São Paulo e Rio de Janeiro. Há ainda uma ligação com a Guiana Francesa.

Da capital cearense, o cabo segue em direção à cidade de Sines, em Portugal, que, por sua vez, é interligada por cabos terrestres a Lisboa, Madri, Barcelona e Marselha. No Oceano Atlântico, ele também se conecta com Cabo Verde, Mauritânia e Marrocos, além de Ilha da Madeira e Ilhas Canárias.

EllaLink é o primeiro cabo de alta velocidade entre América Latina e Europa. — Foto: Arte/G1

Mais velocidade, menos latência
Criado para ter vida útil de 25 anos, o cabo deve garantir mais velocidade na comunicação entre os continentes. Segundo a EllaLink, empresa que o construiu, ele foi projetado para ter capacidade de tráfego de 72 Terabits por segundo (Tbps). No entanto, uma mudança na fase final de instalação elevou o número para 100 Tbps.

Desde 2014, outros cabos de alta capacidade, semelhantes ao EllaLink, foram instalados entre a América do Sul e a América do Norte. No entanto, eles são superados pelo novo cabo entre Brasil e Portugal por conta de outro fator.

A latência, isto é, o tempo que uma informação leva para sair de um ponto ao outro, do EllaLink é de menos de 60 milissegundos. De acordo com a companhia, o número representa uma queda de 50% ao que costuma ser registrado.

A redução da latência acontece porque, até então, a comunicação de alta velocidade entre Brasil e Europa dependia de cabos que passam primeiro pelos Estados Unidos. A rota direta permite que os dados cheguem mais rapidamente ao destino.

Novo cabo submarino pode benefiar jogos online e transmissões ao vivo — Foto: Soumil Kumar/Pexels

A conexão direta entre América Latina e Europa pode melhorar o desempenho de aplicações que dependem de um tráfego intenso de dados, diz o gerente de infraestrutura do IX.br, projeto do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Julio Sirota.

“A instalação do novo cabo submarino deve criar rotas mais curtas com a Europa e consequentemente com latência menor, permitindo uma melhor performance para quem pretende utilizar jogos e fontes de streaming de vídeo localizados na Europa”, explicou.

Em comunicado, o governo brasileiro destacou que o EllaLink vai melhorar oportunidades de pesquisa e educação na América Latina e na Europa. Isso porque parte da capacidade do cabo será destinada a um consórcio acadêmico.

O Construindo a Ligação da Europa com a América Latina (BELLA, na sigla em inglês), como é conhecido, reúne instituições de pesquisa de países nas duas regiões. A expectativa é que o cabo ajude pesquisadores a acessarem equipamentos científicos que estão em outros países.

Mais privacidade
A conexão entre América Latina e Europa por meio do EllaLink também oferece mais segurança na comunicação. Isso porque ele não precisará de um país intermediador, como os EUA, para chegar ao destino.

O projeto do cabo submarino foi criado em 2012, mas ganhou força anos depois da revelação de um escândalo de espionagem americana.

Em 2013, documentos vazados por Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, indicaram que o órgão teve acesso a e-mails e ligações de brasileiros, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff.

Edward Snowden revelou escândalo de espionagem da NSA sobre o governo brasileiro em 2013. — Foto: Brendan McDermid/Reuters/Arquivo

Segundo Sirota, as ligações que passam pelos EUA aumentam os potenciais riscos de segurança porque precisam passar por equipamentos intermediários em território americano antes de seguirem para o restante da rota.

"Do ponto de vista de segurança e privacidade, quanto menos pontos intermediários existirem, menor a possibilidade de ações indevidas sobre os dados trafegados", afirmou.

Outra vantagem do cabo está no que é conhecido como a disponibilidade da rede. Com uma rota adicional entre América Latina e Europa, os serviços podem continuar funcionando normalmente mesmo que o caminho que passa pelos EUA esteja bloqueado.

Quem financia o cabo?
O investimento para a construção do cabo submarino veio da EllaLink, que afirma ter destinado 150 milhões de euros (R$ 923 milhões, na cotação atual). A maior parte do valor foi obtida com empresas como o Banco Europeu de Investimento (EIB, na sigla em inglês), ligado à União Europeia.

Outra quantia foi destinada pelos chamados clientes-âncora. Entre os principais, está o consórcio BELLA. O grupo é formado pelas redes de pesquisa da Europa (Géant) e da América Latina (RedCLARA), que usarão parte da capacidade de tráfego no intercâmbio científico, além das empresas Cabo Verde Telecom e Emacon (Ilha da Madeira).

A União Europeia afirmou que investiu 26,5 milhões de euros (cerca de R$ 163 milhões) por meio do consórcio BELLA.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por sua vez, informou ter realizado um aporte de 8,9 milhões de euros (R$ 54,8 milhões). O investimento teria sido feito por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social do MCTI.

Mas os executivos da EllaLink afirmam que o aporte total do consórcio BELLA foi de 25 milhões de euros. A empresa alega que, deste valor, cerca de 70% (17,5 milhões de euros) vieram da União Europeia, enquanto os 30% restantes (7,5 milhões de euros) foram aplicados pelo Brasil.

Além da ligação com a Europa, o governo brasileiro se juntou a Argentina, Austrália e Nova Zelândia no projeto de um cabo submarino de fibra ótica que ligará a América do Sul à Ásia e à Oceania. Conhecido como Humboldt, o projeto custará em torno de US$ 400 milhões e prevê um cabo com capacidade inicial de transmissão de dados de 400 Gbps.

Fonte: G1

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